Vitor Burgo resgata a função da criança na teoria psicanalítica

Sigmund Freud, na leitura antropológica de “Totem e Tabu”, remonta a tempos primordiais para narrar o mito do assassinato do pai da horda e desenvolver a ideia do parricídio como marca psíquica fundamental. O psicanalista Vitor Burgo revisita essa e outras mitologias para construir de forma complexa a ideia do assassinato do filho no ensaio “Dostoiévski, desejo do pai e morte do filho”, parte da antologia “Quando Freud fala de Arte”. As relações entre psicanálise e sociologia são exploradas de maneira a convocar o leitor a pensar na importante função da criança na teoria psicanalítica.

Vitor Burgo comentou sobre o tema com exclusividade para o Blog Sinthoma: “A teoria psicanalítica, em larga medida, tende a nos encaminhar para uma apreensão das consequências, indagando o sujeito: afinal, o que foi feito de ti? Reposicionar a criança nesse debate nos leva a indagar não apenas o sujeito, mas também a sociedade, de modo que a pergunta se torna: afinal, o que se tem feito das crianças? Em ambas as passagens, a criança se pressupõe implicada, é bem verdade. Ela não é somente o sujeito passivo. Muito ao contrário. Reformular a pergunta, no entanto, mantém a interrogação sobre o material oferecido à criança e não sobre a própria criança.”

O livro já está disponível para venda no site da Editora Sinthoma.

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